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Chichén Itzá, México: Como é a visita nas misteriosas pirâmides maias

Pirâmides Chichén Itzá: um pouco da história, ingressos e como é a visita

Uma viagem para o México pode ter diversos objetivos. Talvez o mais lembrado seja curtir as praias do Caribe. No entanto, ninguém consegue passar sem perceber a rica história que as civilizações antigas deixaram nesse país. Chichén Itzá foi eleita como uma das Novas 7 Maravilhas do Mundo!

O sítio arqueológico de Chichén Itzá é um grande exemplo disso e destino obrigatório pra quem estiver no litoral. A distância é de aproximadamente 80 Km de cidades como Cancún e Playa del Carmen. Nós optamos por nos hospedar num ótimo hotel ao lado das ruínas. Esse é um lugar que não exige muito tempo pra visitar. E ainda, vai render excelentes fotos e te impressionar pela riqueza histórica preservada.

 

Uma cidade Maia

Estima-se que essa cidade começou a ser concebida no final do século V (anos 400 d.C.). Ela se consolidou volta dos anos 600 d.C. se mantendo “viva” até o ano de 1.200. Provavelmente foi uma das maiores cidades maias, e certamente a mais diversa delas. Uma prova disso é que lá foram encontradas construções com muitos estilos de arquiteturas distintas.

A cidade foi centro econômico, militar e religioso. Teve uma economia forte originária de uma vocação para o comércio. Além disso, possuía estrutura de tributação eficiente, o que garantiu riqueza e ascensão para a região. Realmente não deveria ser fácil nem barato construir tantos monumentos com a imponência dos que resistem até de hoje.

 

O que você vai encontrar lá

 

Pirâmide Kukulcán ou El Castillo

Com 24m de altura e 55,5m de largura, foi construída no século XII d. C., pelos maias. Estando lá e lendo sobre a história dos maias, só pensamos o quanto os caras eram “phodas”! Essa construção, por exemplo, demonstra os profundos conhecimentos de matemática, geometria, acústica e astronomia que os maias possuíam. Por depender da atividade agrícola, os maias observaram detalhadamente o comportamento das estações, as variações das trajetórias do Sol e as estrelas. Além disso, tudo tem uma razão, um detalhe, um significado.

Esta pirâmide é a edificação mais imponente de Chichén Itzá. Possui 4 escadas de 91 degraus, e um degrau superior para o altar, somando-se assim 365 degraus – um para cada dia do ano.

O mais impressionante desta pirâmide é que, durante os equinócios, a sombra das plataformas se projeta na escada, na forma de uma serpente. À medida que o sol avança, esta serpente parece ir descendo para a terra. Equinócios (ocorrem por volta de 21 de março e 21 de setembro). Isso representa a descida do deus Kukulcán, simbolizando os inícios das temporadas de semeadura e colheita.

Se bater palmas em frente à pirâmide escutará um eco parecido com o som de um pássaro. Na parte de baixo, a cabeça de serpente emplumada terminando a escadaria da pirâmide. É muito louco!

 

Templo dos Guerreiros

Uma construção cercada por uma infinidade de colunas. Construída por volta do ano de 1200, é supostamente em homenagens aos guerreiros de Chichén Itzá.

 

Cenote sagrado

Além de construções, tem um cenote lá dentro. No idioma maia, Chichén Itzá significa “Boca do Poço dos Itzales”, uma referência a esse cenote, chamado de Cenote Sagrado. Considerado uma das principais entradas para o infra-mundo, onde residiam vários deuses. Este cenote era um dos mais importantes destinos de peregrinação maia, e várias oferendas, como peças de ouro e até ossadas humanas foram encontradas em seu interior. Logicamente não é possível entrar pra tomar banho. A gente nem ia querer né, depois dessa história toda. Medo!

Quadra – jogo com bola

O jogo de bola era o esporte mais importante dos maias. Aí você pensa, nossa! Que legal que eles já curtiam um esporte nessa época. Mas gente, presta atenção na loucura dos caras. Essa quadra era como o Maracanã de todo o império, o estádio mais importante. E o jogador que marcava ponto era sacrificado. Havia decapitações nesse estádio. Coisa de louco!

 

Artesanato

Se tem uma coisa que você vai ver nesse ponto turísticos é ambulantes vendendo itens de decoração, roupas e souvenirs. Eles são muitos, muitos mesmo e vendendo de tudo.

As dicas que lemos em blogs alertavam sobre não comprar aqui, que era mais caro, etc. Mas nós compramos algumas coisas e com preços muito bons. Como disse o Luciano nos stories do Instagram, “é só você não ser burro” e negociar. Chorando preço você chega à metade da primeira oferta.

Outra coisa que aprendemos lá e com a nossa amiga Priscila, é que a primeira venda do dia é muito importante pra eles, quase sagrada. Eles fazem por bem menos e muitas vezes ainda dão um “regalo”, hehe. Os vendedores tinham toda a lábia pra identificar brasileiros e de abordar. Falavam que tínhamos que levar um presente pra sogra, falavam muito de sogra, inclusive. Era engraçado.

Como chegar

Pra quem está em Cancún, Playa del Carmen ou qualquer cidade do litoral, a maneira mais comum é por excursão. Vimos muitos ônibus, muitos mesmo! Todos os hotéis vendem esse tipo de passeio, que também pode ser encontrado dando uma volta no centrinho de cada cidade. O que precisa considerar é que ao comprar uma excursão, você estará chegando possivelmente no mesmo momento em que diversas outras. Ou seja, vai pegar fila e o lugar lotado.

Normalmente as excursões saem pela manhã chegando entre 11h e 12h em Chichén Itzá. Você vai ficar por lá entre 1h30 e 2h30, saindo para um almoço e depois para visitar algum Cenote. Esse é o padrão do passeio.

O que a gente recomenda? Se possível, fugir das excursões. Uma saída é alugar um carro e chegar cedo. Isso faz toda a diferença! Se tiver espaço na programação, como nós fizemos, para pernoitar uma noite na cidade é ainda melhor.

Ingressos, o que inclui e o que levar

O ingresso pra Chichén Itzá não é barato. O preço para turistas, ou seja, pessoas não residentes do no México é de 481 pesos, cerca de R$ 107 reais. A gente não curtiu muito a forma com que eles operam lá, principalmente por dois motivos:

O primeiro deles é que te empurram a contratação de um guia. Se você tem a intenção de ter informações de forma mais aprofundada e vai visitar pela manhã, esse é o único jeito. Existe um áudio-guia, algo que comumente utilizamos, porém ele não está disponível no período da manhã. E por quê? Pra que você contrate o guia. Nós não contratamos, pois confiamos bastante nas pesquisas que fizemos com antecedência.

O segundo motivo que irritou a gente foi que, compramos o ingresso e ao entrar fomos parados. E sabe por quê? Pelo fato de estarmos com a câmera GoPro na mão. Não atentamos aos avisos de que eles cobram uma taxa para entrar com esse tipo de câmera. Ruim né? Sabe o que fizemos? Levamos a GoPro para o carro, e ficamos com a nossa câmera + celulares. Como a gente sempre viaja com a câmera grande e aí ok, não perdemos. Porém, tem muita gente que só anda com a GoPro, que vai levar você a ter a sensação de que caiu na pegadinha. Custo por GoPro: 45 pesos.

 

O que levar?

Visitar Chichén Itzá é muito tranquilo, de verdade. Não é muito extenso, e dá pra fazer um passeio de boa de 1h30 a 3h, dependendo do quanto quer curtir ali. Tem bancos e árvores pra você se proteger um pouco do sol e descansar, mas ficam as seguintes dicas:

Protetor solar e óculos escuros: apesar de ter alguns locais com sombra, principalmente nos grandes monumentos é sol no “lombo”. Se o dia estiver quente como o que pegamos lá, é muito importante se proteger.

Repelente: eventualmente um mosquito vai te encontrar. Nós não sofremos com eles, mas lemos inúmeros relatos de que levar repelente é fundamental. Acho que depende bastante da hora do dia. Se você for no final da tarde deve ser complicado.

Lanches e água: Nós temos o costume de ter sempre lanchinhos e água na mochila. Em todo o sítio só vimos um local que vendia água e picolés. Mas não arriscamos pedir para olhar o cardápio e também não vimos lanches ou comida por lá. O melhor é levar o seu e muita água, principalmente no verão.

 

Onde se hospedar

Talvez uma das melhores decisões dessa viagem foi se hospedar em Chichén Itzá. Além de estar perto do monumento e ter a chance de chegar cedo, sem aquela muvuca dos ônibus, o hotel foi uma surpresa. Ficamos no Mayaland Resort Chichén Itzá, um hotel muito bom, indicado pela nossa amiga Priscila do blog Viaje em Família.

O Mayland Hotel fica simplesmente dentro do Parque Arqueológico de Chichén Itzá. Construído em 1923, este resort foi considerado um dos melhores hotéis do mundo pelas revistas National Geographic e Conde Nast Traveler. Uma hospedagem no meio da floresta, ao som dos pássaros (e um pavão muito louco – quem viu nos stories do Instagram vai lembrar). Curtimos uma caminhada pelas trilhas do hotel. Também ficamos uma noite na piscina, que fica ao lado do restaurante – perfeito pra pedir bebidas.

Eles oferecem vários tours de experiências aos hóspedes. Como possuem acesso próprio a área arqueológica, quem conduz são guias nativos maias – imagina quanto conhecimento tem esses caras! Um dos tours que nos ofereceram era pra ver o amanhecer nas pirâmides, ele sai por volta das 4h, 4h30 da manhã, com o céu estrelado e retorna depois de um super café da manhã. Deve ser animal! Mas infelizmente não tivemos tempo pra fazer.

Os apartamentos

O Mayaland Hotel tem quartos espaçosos, com opção de bangalôs ou suítes, como a nossa. A propriedade inclui mais 2 hotéis da rede e conta com um planetário maia e 4 restaurantes, que servem a autêntica culinária maia. O café não está incluso na diária, mas tem muitas opções de menu e valeu a pena. E não poderíamos deixar de aproveitar um banho na banheira de hidromassagem com vista para o Observatório Maia, né?

Dica: Para ter essa vista, escolhemos o quarto “Superior – Vista Observatório Maia”. Fique pelo menos 2 diárias. Uma só é muito pouco pra curtir a beleza e a energia desse lugar!

Uma visita imperdível! Não fique com dúvidas sobre ir ou não para Chichén Itzá. Se estiver no litoral do México se programe pra ir até lá. Vale muito a pena! Se conseguir planejar sua hospedagem no Mayaland Hotel, certamente não vai se arrepender.

 

Curtiu o post? Já foi pra Chichén Itzá? Tem alguma dúvida? Comente aqui!

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Com carinho,

Grasi e Lu

 

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